O ano de 2019 é um ano muito importante para o meio científico e acadêmico, pois temos datas comemorativas de grande valor: o Ano Internacional da Tabela Periódica, o Centenário de Sobral, 50 anos da chegada do homem na Lua, o centenário da União Astronômica Internacional e, agora, a primeira “fotografia” de um buraco negro.
A teoria que embasa o conceito de buraco negro foi postulada por Einstein ao explicar a Teoria Geral da Relatividade em 1916, ao estabelecer que a luz sofreria desvio na sua trajetória ao se aproximar de intensos campos gravitacionais, mas os cálculos que predizem a existência do buraco negro são do astrofísico alemão Karl Schwarzschild (1876 – 1916), que foram realizados em pleno front da 1ª Grande Guerra Mundial. Einstein não se convenceu da existência de buracos negros, acreditava que as soluções encontradas por Schwarzschild não tinham uma realidade física.
E o que é um buraco negro? A teoria moderna sobre buraco negro é a de uma região do espaço dotada de uma gravidade tão intensa, que nada consegue fugir do seu campo gravitacional, inclusive a luz. A fronteira imaginária do buraco negro é chamada de horizonte de eventos, não visível (imaginária), que representa um limiar, ou seja, uma vez dentro dessa região você não conseguiria mais escapar do campo gravitacional do Buraco Negro. Como nada consegue escapar do buraco negro, uma pessoa fora do evento não conseguiria ver o que se passa além da fronteira do buraco negro, semelhantemente ao marinheiro que não consegue enxergar além do horizonte – devido à curvatura da Terra.
Buraco Negro representando o horizonte de eventos e o ponto de singularidade.